Por Otávio Botti
O futebol ultimamente tem me dado saudade dos tempos passados. Tempos passados que eu digo não é o tempo de Pelé, Zico, Garrincha e outros mitos. Sinto falta é do tempo de Dinei, Vampeta, Aloísio Chulapa e outros jogadores ,que não eram craques, mas eram irreverentes e originais. Amigos, vivemos a era de uma modernização chata do nosso esporte mais popular. Ganhamos dinheiro, perdemos personagens.
Sempre gostei de futebol, como todo bom brasileiro, mas o que me chama mais atenção são as histórias que envolvem o esporte. Passei muito tempo em frente à TV assistindo entrevistas, jogos e vendo reportagens polêmicas de Romário, Edilson, Vampeta, Aloisio Chulapa, dentre outros, que podiam não jogar tanta bola, mas sabiam fazer do futebol um entretenimento. Vivemos a era das cadeiras no estádio, onde torcedor é quase obrigado a torcer sentado, batendo palma, contrariando o nosso jeito único de torcer. Acabaram com o nosso Maracanã, que foi um grande criador de mitos dentro e fora de campo. As entrevistas monótonas são moderadas por assessores de imprensa. O futebol deixou de ser entretenimento para se tornar, puramente, um negócio.
As histórias irreverentes não acabaram, mas diminuíram de forma espantosa. Tenho medo do futuro do nosso futebol. Concordo que devemos rever alguns conceitos para a melhora da condição dos clubes, mas não devemos interferir na cultura do torcedor e dos jogadores. Sorte a minha que existem Séries C, D e afins, onde essa tal "modernidade" ainda não chegou. Como a esperança é a última que morre, espero que ainda se produzam Vampetas, Romários, Aloisios, Edilsons e Dineis para que a minha vontade de acompanhar o futebol não diminua.
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